NovelMonkey Competitive Intelligence|Ad Analysis by SocialPeta

NovelMonkey Competitive Intelligence|Ad Analysis by SocialPeta

SocialPeta
SocialPeta

Competitive intelligence is the first step in our marketing intelligence work and one of the most important parts. Only when we understand the details of our competitors can we formulate a correct and effective marketing strategy.

In this report, SocialPeta analyzes the NovelMonkey's ad analysis from multiple aspects and helps you see the competitive intelligence of top grossing apps NovelMonkey.

Now, I'll tell you how to gain a competitive advantage by SocialPeta.

1. Basic Information of NovelMonkey

App Name : NovelMonkey

Logo

NovelMonkey-SocialPeta

OS : iOS

Network : Facebook,Audience Network,Messenger

Developer : 林 刘

Publisher : Facebook,Instagram

Total creative ads during the time period : 157

Duration : 21

Popularity : 8,420

Check ASO Keywords of NovelMonkey

2. NovelMonkey’s Competitive Intelligence

what is competitive intelligence? Competitive intelligence is the most important part of our marketing. Only when we fully understand the overall situation of our competitors and the market can we make accurate judgments.

Before advertising, we usually use various tools, such as SocialPeta, to check the details of competitors' ads. In this report, we will analyze the recent advertising performance of advertiser NovelMonkey in detail to understand its advertising strategy.

Trend of Category

There are many types of creatives. We mainly analyze the trend of the ad creative category of NovelMonkey in the recent period. As of 2021-03-08, among the NovelMonkey‘s ad creative, the Html category's proportion is 0.0%, Video category's proportion is 0.0%, Playable Ads category's proportion is 0.0%, Image category's proportion is 100.0%, Carousel category's proportion is 0.0%.

Ad Network Analysis

The network that SocialPeta monitors can cover almost all mainstream channels in the world. Understanding the competitor's advertising channels is the first step in marketing work. According to the analysis of SocialPeta, we can see that in the date of 2021-03-08, NovelMonkey's the proportion of networks impressions are placed like this:

Facebook's proportion is 25.0%,

Audience Network's proportion is 25.0%,

Instagram's proportion is 25.0%,

Messenger's proportion is 25.0%,

's proportion is .

In the date of 2021-03-08, NovelMonkey‘s network with the most ads is Facebook and its proportion is 25.0%.

3. Top 3 Ad Creative Analysis of NovelMonkey

This is the detailed information of the top three ad creatives with the best performance among all ad creatives of NovelMonkey. We can see some advertising trends.

Top 1 Ad Creative of NovelMonkey

Ad Details :

Headline :

Text :Aos 22 anos de idade, Emma Gladstone já havia aprendido algumas lições difíceis: príncipes encantados nem sempre eram o que pareciam; armaduras reluzentes tinham saído de moda junto com as Cruzadas; e se fadas madrinhas existiam, a dela estava vários anos atrasada. Na maior parte das vezes, a mocinha precisa se salvar sozinha. Essa tarde era uma dessas vezes. A Casa Ashbury elevava-se diante dela, ocupando um quarteirão inteiro do elegante bairro de Mayfair. Refinada. Enorme. Aterradora. Emma engoliu em seco. Podia fazer aquilo. Uma vez, ela saíra sozinha por Londres no período mais frio do inverno. Havia se recusado a sucumbir ao desespero ou à fome. Tinha encontrado trabalho e construído uma vida nova na cidade. Agora, seis anos depois, ela engoliria cada agulha do ateliê de costura da madame Bissette antes de voltar rastejando para seu pai. Comparado a tudo isso, o que era bater na porta de um duque? Ora, nada. Nada mesmo. Tudo o que ela precisava fazer era endireitar os ombros, passar pelos portões de ferro forjado, subir resoluta aqueles degraus de granito – sério, eram apenas uns cem ou pouco mais – e tocar a campainha diante daquela porta imensa e ricamente entalhada. Boa tarde. Sou a Srta. Emma Gladstone. Estou aqui para ver o misterioso e recluso Duque de Ashbury. Não, não nos conhecemos. Não, não possuo um cartão de visita. Não tenho nada, na verdade. Talvez não tenha nem uma casa, amanhã, se você não me deixar entrar. Oh, bom Deus. Isso nunca daria certo. Choramingando, ela se afastou do portão e foi dar uma volta no quarteirão pela décima vez, sacudindo os braços nus por baixo da capa. Ela precisava tentar. Emma parou de andar, encarou o portão e inspirou fundo. Parou de prestar atenção nos batimentos frenéticos de seu coração. Estava ficando tarde. Ninguém viria para ajudá-la. Não podia haver mais hesitação, não existia a possibilidade de recuo. Preparar. Aprumar. Pronto. Sentado à escrivaninha da biblioteca, Ashbury ouviu um toque desconhecido de campainha. Seria a campainha da porta? Lá veio o som de novo. Era mesmo uma campainha de porta. Pior, era da porta dele. Malditas fofocas. Ele estava na cidade há poucas semanas. Ashbury havia esquecido como os boatos, em Londres, eram mais rápidos do que balas de pistola. Ele não tinha tempo nem paciência para enxeridos. Quem quer que fosse, Khan o mandaria embora. Ele mergulhou a pena no tinteiro e continuou a carta para seus advogados incompetentes. Não sei o que diabos vocês andaram fazendo no ano que passou, mas o estado dos meus negócios é deplorável. Demitam imediatamente o administrador da propriedade de Yorkshire. Digam ao arquiteto que quero ver o projeto do novo moinho, e quero vê-lo ontem! E tem mais uma coisa que requer uma atenção imediata. Ash hesitou com a pena parada no ar. Não podia acreditar que iria escrever aquelas palavras no papel. Por mais que ele temesse, aquilo tinha que ser feito. Escreveu: Eu preciso de uma esposa. Ele imaginou que deveria listar suas exigências: uma mulher em idade fértil, de linhagem respeitável, com uma necessidade premente de dinheiro e disposta a dividir a cama com um homem horroroso e marcado. Resumindo: uma mulher desesperada. Deus, que deprimente. Era melhor deixar apenas aquela linha: Eu preciso de uma esposa. Khan apareceu à porta. – Vossa Graça, lamento interromper, mas chegou uma jovem para vê-lo. Ela está usando um vestido de noiva. Ash olhou para o mordomo. Depois baixou os olhos para as palavras que tinha acabado de escrever. Então voltou-se para o mordomo de novo. – Ora, isso é assombroso. – Talvez seus advogados não fossem tão inúteis quanto ele pensava. Ash deitou a pena no borrador e colocou um pé sobre a escrivaninha, reclinando-se nas sombras. – Claro, faça-a entrar. Dali a pouco, uma jovem de branco entrou na biblioteca. O pé dele escorregou da escrivaninha e Ash foi para trás, batendo na parede e quase caindo da cadeira. Um maço de papéis caiu da estante próxima, espalhando-se pelo chão como flocos de neve. Ele estava ofuscado. Não pela beleza dela – embora ele imaginasse que a moça pudesse ser linda. Mas era impossível avaliar, pois o vestido que usava era uma monstruosidade cegante coberta de pérolas, rendas, brilhos e contas. Bom Senhor. Ele não estava acostumado a ficar no mesmo ambiente que algo tão repulsivo quanto sua própria aparência. Ash apoiou o cotovelo direito no braço da cadeira e levou os dedos à testa, escondendo as cicatrizes no rosto. Para variar, ele não estava protegendo a sensibilidade de um criado nem mesmo sua autoestima. Estava se protegendo de... daquilo. – Sinto muito importuná-lo desta forma, Vossa Graça – a jovem disse, mantendo o olhar em algum desenho do tapete persa. – Espero mesmo que sinta. – Mas, por favor, entenda que estou desesperada. – Percebo. – Preciso ser paga pelo meu trabalho, e preciso ser paga agora. Ash hesitou por um instante. – Seu... seu trabalho. – Eu sou costureira. E costurei isto. – Ela passou as mãos pela monstruosidade de seda. – Para a Srta. Worthing. Para a Srta. Worthing. Ah, aquilo começava a fazer sentido. A atrocidade branca de seda tinha sido feita para a ex-noiva de Ash. Nisso ele podia acreditar. Annabelle Worthing sempre teve um gosto horroroso – tanto para vestidos como para possíveis maridos. – Como o noivado de vocês acabou, ela não mandou buscar o vestido. Ela comprou a seda, a renda e o resto do material, mas nunca pagou pela mão de obra. E isso significa que fiquei sem pagamento. Tentei visitá-la, mas não fui recebida. As cartas que enviei para vocês dois não tiveram resposta. Pensei que se eu aparecesse assim – ela passou as mãos pela saia do vestido branco –, seria impossível me ignorar. – Você estava correta quanto a isso. – Até o lado bom do rosto dele se contorceu. – Bom Deus, parece que uma loja de armarinho explodiu e você foi a primeira vítima. – A Srta. Worthing queria algo apropriado para uma duquesa. – Esse vestido – ele disse – é apropriado para o lustre de um bordel. – Bem, sua noiva tem... um gosto extravagante. Ele se inclinou para frente. – Não consigo nem assimilar a coisa toda. O vestido parece ter... vômito de unicórnio. Ou a pele de algum monstro das neves que ameaça o Himalaia. Ela voltou os olhos para o teto e soltou um suspiro de desespero. – O que foi? – ele perguntou. – Não me diga que você gosta desse vestido. – Não importa se ele me agrada, Vossa Graça. De qualquer modo, tenho orgulho das minhas habilidades manuais, e este vestido me ocupou durante meses. Depois que o choque causado pela roupa asquerosa havia passado, Ash voltou sua atenção para a jovem devorada pelo traje. Ela era muito melhor que o vestido. Pele: creme. Lábios: pétalas de rosa. Cílios: seda. Coluna dorsal: aço. – Só este bordado... trabalhei nele durante uma semana para deixá-lo perfeito. – Ela passou a mão pelo decote do vestido. Ash acompanhou com os olhos o caminho percorrido pelos dedos. Ele não conseguiu ver nenhum bordado. Era um homem; viu seios. Delicados e atraentes, espremidos por um corpete torturante. Ele gostou daqueles seios quase tanto quanto gostou do ar de determinação que os deixava empinados. Arrastando o olhar para cima, ele admirou o pescoço delgado e a cabeleira castanha presa. Ela tinha prendido o cabelo em um penteado recatado, do tipo que fazia os dedos de um homem coçarem de vontade de soltar os grampos, um após o outro. Controle-se, Ashbury. Não era possível que ela fosse tão bonita como parecia. Sem dúvida, a jovem estava se beneficiando do contraste com o vestido pavoroso. E já fazia algum tempo que Ash vivia em isolamento. Havia isso, também. – Vossa Graça – ela disse –, meu balde de carvão está vazio, na minha despensa restam umas poucas batatas mofadas, e meu aluguel quinzenal vence hoje. O senhorio ameaçou me jogar na rua se eu não pagar tudo que devo. Preciso receber o que me é devido. Com urgência. – Ela estendeu a mão. – Duas libras e três xelins, por favor. Ash cruzou os braços à frente do peito e a encarou. – Senhorita...? – Gladstone. Emma Gladstone. – Srta. Gladstone, você parece não entender como funciona toda essa coisa de invadir o isolamento de um duque. Você deveria se sentir intimidada, quem sabe até apavorada. Mas sua atitude mostra uma falta de contorção das mãos e nenhum tremor corporal. Tem certeza de que é apenas uma costureira? Ela levantou as mãos, as palmas viradas para ele. Cortes cicatrizados e calos marcavam as pontas de seus dedos. Evidências persuasivas, Ash teve que admitir. Ainda assim, ele não se convenceu. – Bem, você não pode ter nascido na pobreza. É autoconfiante demais, e parece ter todos os seus dentes. Imagino que tenha ficado órfã em idade tenra, de um modo especialmente horripilante. – Não, Vossa Graça. – Está sofrendo algum tipo de chantagem? – Não – ela se forçou a dizer. – Sustentando um bando de crianças rejeitadas, enquanto sofre chantagem? – Não. Ele estalou os dedos. – Já sei. Seu pai é um patife. Está na prisão por dívidas. Ou gasta o dinheiro do aluguel com gim e prostitutas. – Meu pai é vigário, em Hertfordshire. Ash franziu o cenho. Aquilo não fazia sentido. Vigários eram cavalheiros. – Como é que a filha de um cavalheiro trabalha retalhando os dedos como costureira? Finalmente, ele viu um ar de incerteza na atitude dela. Emma coçou o lugar atrás do lóbulo da orelha. – Às vezes a vida segue por caminhos inesperados. – Agora isso é um grande eufemismo. A sorte era uma bruxa sem coração que vivia num estado perpétuo de tensão pré-menstrual. Ash sabia bem como era. Ele girou a cadeira e estendeu a mão para uma caixa-forte atrás da escrivaninha. – Sinto muito. – A voz dela se suavizou. – O noivado desfeito deve ter sido um golpe. A Srta. Worthing parece ser uma mulher encantadora. Ele contou o dinheiro na mão. – Se você passou algum tempo com ela, sabe que esse não é o caso. – Talvez tenha sido melhor, então, não ter se casado com ela. – Sim, foi muito prudente, da minha parte, destruir o rosto antes do casamento. Teria sido péssimo se tivesse deixado para destruí-lo depois. – Destruir? Se Vossa Graça me perdoa dizer, não pode estar assim tão ruim. Ele fechou a caixa-forte com estrépito. – Annabelle Worthing estava desesperada para se casar com um homem rico e nobre. Sou um duque indecentemente rico. Mesmo assim, ela me deixou. Estou sim muito mal. Ele se levantou e virou seu lado arruinado para ela, oferecendo-lhe uma vista completa, sem obstruções. A escrivaninha ficava no canto mais escuro da biblioteca – de propósito, claro. As pesadas cortinas de veludo do aposento mantinham o sol do lado de fora. Mas cicatrizes tão dramáticas quanto as dele? Nada, a não ser a completa escuridão, conseguia escondê-las. As partes de sua carne que tinham escapado às chamas foram destruídas depois – primeiro pelo bisturi do cirurgião, e depois pela febre e pela supuração durante as semanas infernais que se seguiram. Da testa ao quadril, o lado direito do corpo dele era uma batalha contínua de cicatrizes e queimaduras de pólvora. A Srta. Gladstone ficou em silêncio. Para seu crédito, ela não desmaiou, vomitou nem saiu correndo dali – uma diferença agradável das reações habituais que ele provocava. – Como foi que aconteceu? – ela perguntou. – Guerra. Próxima pergunta. Depois de um instante, ela falou em voz baixa: – Pode me dar meu dinheiro, por favor? Ash estendeu a mão com as moedas. Emma esticou a dela para pegá-las. Mas ele fechou a mão. – Depois que você me der o vestido. – Como? – Se estou pagando por seu trabalho, é justo que eu fique com o vestido. – Com que propósito? Ele deu de ombros. – Ainda não decidi. Eu posso doar para um lar de dançarinas de ópera aposentadas. Posso afundá-lo no Tâmisa para que as enguias se divirtam. Quem sabe pendurá-lo na porta da frente para afastar maus espíritos. São tantas as possibilidades. – Eu... Vossa Graça, posso mandar entregá-lo amanhã, mas preciso do dinheiro hoje. Ele emitiu um ruído de reprovação. – Isso seria um empréstimo, Srta. Gladstone. Não empresto dinheiro. – Você quer o vestido agora? – Somente se você quiser o dinheiro agora. Os olhos castanhos dela se fixaram nele, acusando-o de pura vilania. Ele deu de ombros. Culpado das acusações. Essa era a desgraça peculiar de ser desfigurado por puro acaso no campo de batalha. Não havia ninguém para culpar, ninguém de quem se vingar. Restava somente uma amargura persistente que o provocava, fazendo-o atacar tudo por perto. Oh, ele não era violento – a não ser que alguém fizesse mesmo por merecer. Com a maioria das pessoas, ele apenas se dava o prazer perverso de ser bem desagradável. Já que ele tinha a aparência de um monstro, iria se divertir interpretando o papel. Infelizmente, essa costureira recusava-se a fazer o papel de ratinho assustado. Nada que ele dizia a abalava, e se ela ainda não tinha fugido, era provável que nunca o fizesse. Parabéns para ela. Ash se preparou para entregar o dinheiro, despedindo-se dela – e daquele vestido – com gosto. Antes que ele pudesse pagar-lhe, contudo, ela soltou um suspiro decidido. – Tudo bem – Emma exclamou, e suas mãos foram para a lateral do vestido. Ela começou a soltar a fileira de ganchos escondidos na costura do corpete. Um após o outro, após o outro. Conforme o corpete afrouxou, seus seios se soltaram, assumindo sua plenitude natural. A manga caiu do ombro, revelando o tecido fino da roupa de baixo. Um fio de cabelo castanho se soltou, acariciando a clavícula dela. Jesus, Maria... – Pare. Ela congelou e levantou os olhos. – Parar? Ele praguejou mentalmente. Não pergunte duas vezes. – Pare. Ash mal podia acreditar que tinha conseguido ser decente a ponto de dizer uma vez. Ele estava a ponto de conseguir um espetáculo particular por meras duas libras. E três xelins. O que era bem mais caro do que se pagava por aí, mas uma verdadeira barganha em se tratando de uma garota tão linda. Sem falar que ela era filha de um vigário, e Ash sempre sonhou em seduzir a filha de um vigário. Falando sério, que homem nunca tinha sonhado o mesmo? Contudo, ele não era tão diabólico a ponto de realizar seu sonho por meio de extorsão. Um pensamento lhe ocorreu. Talvez – apenas talvez – ele pudesse realizar essa fantasia por meios diferentes, um pouco menos diabólicos. Ele encarou Emma Gladstone de um ângulo novo, pensando na lista de exigências que relacionava na carta interrompida. Ela era jovem e saudável. Bem-educada. Tinha bom berço e estava disposta a tirar a roupa na frente dele. E, o mais importante: estava desesperada. Ela serviria. Na verdade, serviria muito bem. – Você tem duas opções, Srta. Gladstone. Posso lhe pagar duas libras e três xelins. Ele colocou a pilha de moedas sobre a escrivaninha. Emma olhou para elas, ávida...... ✅Descárgalo ahora para ver la versión completa

Top 2 Ad Creative of NovelMonkey

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Text :Aos 22 anos de idade, Emma Gladstone já havia aprendido algumas lições difíceis: príncipes encantados nem sempre eram o que pareciam; armaduras reluzentes tinham saído de moda junto com as Cruzadas; e se fadas madrinhas existiam, a dela estava vários anos atrasada. Na maior parte das vezes, a mocinha precisa se salvar sozinha. Essa tarde era uma dessas vezes. A Casa Ashbury elevava-se diante dela, ocupando um quarteirão inteiro do elegante bairro de Mayfair. Refinada. Enorme. Aterradora. Emma engoliu em seco. Podia fazer aquilo. Uma vez, ela saíra sozinha por Londres no período mais frio do inverno. Havia se recusado a sucumbir ao desespero ou à fome. Tinha encontrado trabalho e construído uma vida nova na cidade. Agora, seis anos depois, ela engoliria cada agulha do ateliê de costura da madame Bissette antes de voltar rastejando para seu pai. Comparado a tudo isso, o que era bater na porta de um duque? Ora, nada. Nada mesmo. Tudo o que ela precisava fazer era endireitar os ombros, passar pelos portões de ferro forjado, subir resoluta aqueles degraus de granito – sério, eram apenas uns cem ou pouco mais – e tocar a campainha diante daquela porta imensa e ricamente entalhada. Boa tarde. Sou a Srta. Emma Gladstone. Estou aqui para ver o misterioso e recluso Duque de Ashbury. Não, não nos conhecemos. Não, não possuo um cartão de visita. Não tenho nada, na verdade. Talvez não tenha nem uma casa, amanhã, se você não me deixar entrar. Oh, bom Deus. Isso nunca daria certo. Choramingando, ela se afastou do portão e foi dar uma volta no quarteirão pela décima vez, sacudindo os braços nus por baixo da capa. Ela precisava tentar. Emma parou de andar, encarou o portão e inspirou fundo. Parou de prestar atenção nos batimentos frenéticos de seu coração. Estava ficando tarde. Ninguém viria para ajudá-la. Não podia haver mais hesitação, não existia a possibilidade de recuo. Preparar. Aprumar. Pronto. Sentado à escrivaninha da biblioteca, Ashbury ouviu um toque desconhecido de campainha. Seria a campainha da porta? Lá veio o som de novo. Era mesmo uma campainha de porta. Pior, era da porta dele. Malditas fofocas. Ele estava na cidade há poucas semanas. Ashbury havia esquecido como os boatos, em Londres, eram mais rápidos do que balas de pistola. Ele não tinha tempo nem paciência para enxeridos. Quem quer que fosse, Khan o mandaria embora. Ele mergulhou a pena no tinteiro e continuou a carta para seus advogados incompetentes. Não sei o que diabos vocês andaram fazendo no ano que passou, mas o estado dos meus negócios é deplorável. Demitam imediatamente o administrador da propriedade de Yorkshire. Digam ao arquiteto que quero ver o projeto do novo moinho, e quero vê-lo ontem! E tem mais uma coisa que requer uma atenção imediata. Ash hesitou com a pena parada no ar. Não podia acreditar que iria escrever aquelas palavras no papel. Por mais que ele temesse, aquilo tinha que ser feito. Escreveu: Eu preciso de uma esposa. Ele imaginou que deveria listar suas exigências: uma mulher em idade fértil, de linhagem respeitável, com uma necessidade premente de dinheiro e disposta a dividir a cama com um homem horroroso e marcado. Resumindo: uma mulher desesperada. Deus, que deprimente. Era melhor deixar apenas aquela linha: Eu preciso de uma esposa. Khan apareceu à porta. – Vossa Graça, lamento interromper, mas chegou uma jovem para vê-lo. Ela está usando um vestido de noiva. Ash olhou para o mordomo. Depois baixou os olhos para as palavras que tinha acabado de escrever. Então voltou-se para o mordomo de novo. – Ora, isso é assombroso. – Talvez seus advogados não fossem tão inúteis quanto ele pensava. Ash deitou a pena no borrador e colocou um pé sobre a escrivaninha, reclinando-se nas sombras. – Claro, faça-a entrar. Dali a pouco, uma jovem de branco entrou na biblioteca. O pé dele escorregou da escrivaninha e Ash foi para trás, batendo na parede e quase caindo da cadeira. Um maço de papéis caiu da estante próxima, espalhando-se pelo chão como flocos de neve. Ele estava ofuscado. Não pela beleza dela – embora ele imaginasse que a moça pudesse ser linda. Mas era impossível avaliar, pois o vestido que usava era uma monstruosidade cegante coberta de pérolas, rendas, brilhos e contas. Bom Senhor. Ele não estava acostumado a ficar no mesmo ambiente que algo tão repulsivo quanto sua própria aparência. Ash apoiou o cotovelo direito no braço da cadeira e levou os dedos à testa, escondendo as cicatrizes no rosto. Para variar, ele não estava protegendo a sensibilidade de um criado nem mesmo sua autoestima. Estava se protegendo de... daquilo. – Sinto muito importuná-lo desta forma, Vossa Graça – a jovem disse, mantendo o olhar em algum desenho do tapete persa. – Espero mesmo que sinta. – Mas, por favor, entenda que estou desesperada. – Percebo. – Preciso ser paga pelo meu trabalho, e preciso ser paga agora. Ash hesitou por um instante. – Seu... seu trabalho. – Eu sou costureira. E costurei isto. – Ela passou as mãos pela monstruosidade de seda. – Para a Srta. Worthing. Para a Srta. Worthing. Ah, aquilo começava a fazer sentido. A atrocidade branca de seda tinha sido feita para a ex-noiva de Ash. Nisso ele podia acreditar. Annabelle Worthing sempre teve um gosto horroroso – tanto para vestidos como para possíveis maridos. – Como o noivado de vocês acabou, ela não mandou buscar o vestido. Ela comprou a seda, a renda e o resto do material, mas nunca pagou pela mão de obra. E isso significa que fiquei sem pagamento. Tentei visitá-la, mas não fui recebida. As cartas que enviei para vocês dois não tiveram resposta. Pensei que se eu aparecesse assim – ela passou as mãos pela saia do vestido branco –, seria impossível me ignorar. – Você estava correta quanto a isso. – Até o lado bom do rosto dele se contorceu. – Bom Deus, parece que uma loja de armarinho explodiu e você foi a primeira vítima. – A Srta. Worthing queria algo apropriado para uma duquesa. – Esse vestido – ele disse – é apropriado para o lustre de um bordel. – Bem, sua noiva tem... um gosto extravagante. Ele se inclinou para frente. – Não consigo nem assimilar a coisa toda. O vestido parece ter... vômito de unicórnio. Ou a pele de algum monstro das neves que ameaça o Himalaia. Ela voltou os olhos para o teto e soltou um suspiro de desespero. – O que foi? – ele perguntou. – Não me diga que você gosta desse vestido. – Não importa se ele me agrada, Vossa Graça. De qualquer modo, tenho orgulho das minhas habilidades manuais, e este vestido me ocupou durante meses. Depois que o choque causado pela roupa asquerosa havia passado, Ash voltou sua atenção para a jovem devorada pelo traje. Ela era muito melhor que o vestido. Pele: creme. Lábios: pétalas de rosa. Cílios: seda. Coluna dorsal: aço. – Só este bordado... trabalhei nele durante uma semana para deixá-lo perfeito. – Ela passou a mão pelo decote do vestido. Ash acompanhou com os olhos o caminho percorrido pelos dedos. Ele não conseguiu ver nenhum bordado. Era um homem; viu seios. Delicados e atraentes, espremidos por um corpete torturante. Ele gostou daqueles seios quase tanto quanto gostou do ar de determinação que os deixava empinados. Arrastando o olhar para cima, ele admirou o pescoço delgado e a cabeleira castanha presa. Ela tinha prendido o cabelo em um penteado recatado, do tipo que fazia os dedos de um homem coçarem de vontade de soltar os grampos, um após o outro. Controle-se, Ashbury. Não era possível que ela fosse tão bonita como parecia. Sem dúvida, a jovem estava se beneficiando do contraste com o vestido pavoroso. E já fazia algum tempo que Ash vivia em isolamento. Havia isso, também. – Vossa Graça – ela disse –, meu balde de carvão está vazio, na minha despensa restam umas poucas batatas mofadas, e meu aluguel quinzenal vence hoje. O senhorio ameaçou me jogar na rua se eu não pagar tudo que devo. Preciso receber o que me é devido. Com urgência. – Ela estendeu a mão. – Duas libras e três xelins, por favor. Ash cruzou os braços à frente do peito e a encarou. – Senhorita...? – Gladstone. Emma Gladstone. – Srta. Gladstone, você parece não entender como funciona toda essa coisa de invadir o isolamento de um duque. Você deveria se sentir intimidada, quem sabe até apavorada. Mas sua atitude mostra uma falta de contorção das mãos e nenhum tremor corporal. Tem certeza de que é apenas uma costureira? Ela levantou as mãos, as palmas viradas para ele. Cortes cicatrizados e calos marcavam as pontas de seus dedos. Evidências persuasivas, Ash teve que admitir. Ainda assim, ele não se convenceu. – Bem, você não pode ter nascido na pobreza. É autoconfiante demais, e parece ter todos os seus dentes. Imagino que tenha ficado órfã em idade tenra, de um modo especialmente horripilante. – Não, Vossa Graça. – Está sofrendo algum tipo de chantagem? – Não – ela se forçou a dizer. – Sustentando um bando de crianças rejeitadas, enquanto sofre chantagem? – Não. Ele estalou os dedos. – Já sei. Seu pai é um patife. Está na prisão por dívidas. Ou gasta o dinheiro do aluguel com gim e prostitutas. – Meu pai é vigário, em Hertfordshire. Ash franziu o cenho. Aquilo não fazia sentido. Vigários eram cavalheiros. – Como é que a filha de um cavalheiro trabalha retalhando os dedos como costureira? Finalmente, ele viu um ar de incerteza na atitude dela. Emma coçou o lugar atrás do lóbulo da orelha. – Às vezes a vida segue por caminhos inesperados. – Agora isso é um grande eufemismo. A sorte era uma bruxa sem coração que vivia num estado perpétuo de tensão pré-menstrual. Ash sabia bem como era. Ele girou a cadeira e estendeu a mão para uma caixa-forte atrás da escrivaninha. – Sinto muito. – A voz dela se suavizou. – O noivado desfeito deve ter sido um golpe. A Srta. Worthing parece ser uma mulher encantadora. Ele contou o dinheiro na mão. – Se você passou algum tempo com ela, sabe que esse não é o caso. – Talvez tenha sido melhor, então, não ter se casado com ela. – Sim, foi muito prudente, da minha parte, destruir o rosto antes do casamento. Teria sido péssimo se tivesse deixado para destruí-lo depois. – Destruir? Se Vossa Graça me perdoa dizer, não pode estar assim tão ruim. Ele fechou a caixa-forte com estrépito. – Annabelle Worthing estava desesperada para se casar com um homem rico e nobre. Sou um duque indecentemente rico. Mesmo assim, ela me deixou. Estou sim muito mal. Ele se levantou e virou seu lado arruinado para ela, oferecendo-lhe uma vista completa, sem obstruções. A escrivaninha ficava no canto mais escuro da biblioteca – de propósito, claro. As pesadas cortinas de veludo do aposento mantinham o sol do lado de fora. Mas cicatrizes tão dramáticas quanto as dele? Nada, a não ser a completa escuridão, conseguia escondê-las. As partes de sua carne que tinham escapado às chamas foram destruídas depois – primeiro pelo bisturi do cirurgião, e depois pela febre e pela supuração durante as semanas infernais que se seguiram. Da testa ao quadril, o lado direito do corpo dele era uma batalha contínua de cicatrizes e queimaduras de pólvora. A Srta. Gladstone ficou em silêncio. Para seu crédito, ela não desmaiou, vomitou nem saiu correndo dali – uma diferença agradável das reações habituais que ele provocava. – Como foi que aconteceu? – ela perguntou. – Guerra. Próxima pergunta. Depois de um instante, ela falou em voz baixa: – Pode me dar meu dinheiro, por favor? Ash estendeu a mão com as moedas. Emma esticou a dela para pegá-las. Mas ele fechou a mão. – Depois que você me der o vestido. – Como? – Se estou pagando por seu trabalho, é justo que eu fique com o vestido. – Com que propósito? Ele deu de ombros. – Ainda não decidi. Eu posso doar para um lar de dançarinas de ópera aposentadas. Posso afundá-lo no Tâmisa para que as enguias se divirtam. Quem sabe pendurá-lo na porta da frente para afastar maus espíritos. São tantas as possibilidades. – Eu... Vossa Graça, posso mandar entregá-lo amanhã, mas preciso do dinheiro hoje. Ele emitiu um ruído de reprovação. – Isso seria um empréstimo, Srta. Gladstone. Não empresto dinheiro. – Você quer o vestido agora? – Somente se você quiser o dinheiro agora. Os olhos castanhos dela se fixaram nele, acusando-o de pura vilania. Ele deu de ombros. Culpado das acusações. Essa era a desgraça peculiar de ser desfigurado por puro acaso no campo de batalha. Não havia ninguém para culpar, ninguém de quem se vingar. Restava somente uma amargura persistente que o provocava, fazendo-o atacar tudo por perto. Oh, ele não era violento – a não ser que alguém fizesse mesmo por merecer. Com a maioria das pessoas, ele apenas se dava o prazer perverso de ser bem desagradável. Já que ele tinha a aparência de um monstro, iria se divertir interpretando o papel. Infelizmente, essa costureira recusava-se a fazer o papel de ratinho assustado. Nada que ele dizia a abalava, e se ela ainda não tinha fugido, era provável que nunca o fizesse. Parabéns para ela. Ash se preparou para entregar o dinheiro, despedindo-se dela – e daquele vestido – com gosto. Antes que ele pudesse pagar-lhe, contudo, ela soltou um suspiro decidido. – Tudo bem – Emma exclamou, e suas mãos foram para a lateral do vestido. Ela começou a soltar a fileira de ganchos escondidos na costura do corpete. Um após o outro, após o outro. Conforme o corpete afrouxou, seus seios se soltaram, assumindo sua plenitude natural. A manga caiu do ombro, revelando o tecido fino da roupa de baixo. Um fio de cabelo castanho se soltou, acariciando a clavícula dela. Jesus, Maria... – Pare. Ela congelou e levantou os olhos. – Parar? Ele praguejou mentalmente. Não pergunte duas vezes. – Pare. Ash mal podia acreditar que tinha conseguido ser decente a ponto de dizer uma vez. Ele estava a ponto de conseguir um espetáculo particular por meras duas libras. E três xelins. O que era bem mais caro do que se pagava por aí, mas uma verdadeira barganha em se tratando de uma garota tão linda. Sem falar que ela era filha de um vigário, e Ash sempre sonhou em seduzir a filha de um vigário. Falando sério, que homem nunca tinha sonhado o mesmo? Contudo, ele não era tão diabólico a ponto de realizar seu sonho por meio de extorsão. Um pensamento lhe ocorreu. Talvez – apenas talvez – ele pudesse realizar essa fantasia por meios diferentes, um pouco menos diabólicos. Ele encarou Emma Gladstone de um ângulo novo, pensando na lista de exigências que relacionava na carta interrompida. Ela era jovem e saudável. Bem-educada. Tinha bom berço e estava disposta a tirar a roupa na frente dele. E, o mais importante: estava desesperada. Ela serviria. Na verdade, serviria muito bem. – Você tem duas opções, Srta. Gladstone. Posso lhe pagar duas libras e três xelins. Ele colocou a pilha de moedas sobre a escrivaninha. Emma olhou para elas, ávida...... ✅Descárgalo ahora para ver la versión completa

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Text :Aos 22 anos de idade, Emma Gladstone já havia aprendido algumas lições difíceis: príncipes encantados nem sempre eram o que pareciam; armaduras reluzentes tinham saído de moda junto com as Cruzadas; e se fadas madrinhas existiam, a dela estava vários anos atrasada. Na maior parte das vezes, a mocinha precisa se salvar sozinha. Essa tarde era uma dessas vezes. A Casa Ashbury elevava-se diante dela, ocupando um quarteirão inteiro do elegante bairro de Mayfair. Refinada. Enorme. Aterradora. Emma engoliu em seco. Podia fazer aquilo. Uma vez, ela saíra sozinha por Londres no período mais frio do inverno. Havia se recusado a sucumbir ao desespero ou à fome. Tinha encontrado trabalho e construído uma vida nova na cidade. Agora, seis anos depois, ela engoliria cada agulha do ateliê de costura da madame Bissette antes de voltar rastejando para seu pai. Comparado a tudo isso, o que era bater na porta de um duque? Ora, nada. Nada mesmo. Tudo o que ela precisava fazer era endireitar os ombros, passar pelos portões de ferro forjado, subir resoluta aqueles degraus de granito – sério, eram apenas uns cem ou pouco mais – e tocar a campainha diante daquela porta imensa e ricamente entalhada. Boa tarde. Sou a Srta. Emma Gladstone. Estou aqui para ver o misterioso e recluso Duque de Ashbury. Não, não nos conhecemos. Não, não possuo um cartão de visita. Não tenho nada, na verdade. Talvez não tenha nem uma casa, amanhã, se você não me deixar entrar. Oh, bom Deus. Isso nunca daria certo. Choramingando, ela se afastou do portão e foi dar uma volta no quarteirão pela décima vez, sacudindo os braços nus por baixo da capa. Ela precisava tentar. Emma parou de andar, encarou o portão e inspirou fundo. Parou de prestar atenção nos batimentos frenéticos de seu coração. Estava ficando tarde. Ninguém viria para ajudá-la. Não podia haver mais hesitação, não existia a possibilidade de recuo. Preparar. Aprumar. Pronto. Sentado à escrivaninha da biblioteca, Ashbury ouviu um toque desconhecido de campainha. Seria a campainha da porta? Lá veio o som de novo. Era mesmo uma campainha de porta. Pior, era da porta dele. Malditas fofocas. Ele estava na cidade há poucas semanas. Ashbury havia esquecido como os boatos, em Londres, eram mais rápidos do que balas de pistola. Ele não tinha tempo nem paciência para enxeridos. Quem quer que fosse, Khan o mandaria embora. Ele mergulhou a pena no tinteiro e continuou a carta para seus advogados incompetentes. Não sei o que diabos vocês andaram fazendo no ano que passou, mas o estado dos meus negócios é deplorável. Demitam imediatamente o administrador da propriedade de Yorkshire. Digam ao arquiteto que quero ver o projeto do novo moinho, e quero vê-lo ontem! E tem mais uma coisa que requer uma atenção imediata. Ash hesitou com a pena parada no ar. Não podia acreditar que iria escrever aquelas palavras no papel. Por mais que ele temesse, aquilo tinha que ser feito. Escreveu: Eu preciso de uma esposa. Ele imaginou que deveria listar suas exigências: uma mulher em idade fértil, de linhagem respeitável, com uma necessidade premente de dinheiro e disposta a dividir a cama com um homem horroroso e marcado. Resumindo: uma mulher desesperada. Deus, que deprimente. Era melhor deixar apenas aquela linha: Eu preciso de uma esposa. Khan apareceu à porta. – Vossa Graça, lamento interromper, mas chegou uma jovem para vê-lo. Ela está usando um vestido de noiva. Ash olhou para o mordomo. Depois baixou os olhos para as palavras que tinha acabado de escrever. Então voltou-se para o mordomo de novo. – Ora, isso é assombroso. – Talvez seus advogados não fossem tão inúteis quanto ele pensava. Ash deitou a pena no borrador e colocou um pé sobre a escrivaninha, reclinando-se nas sombras. – Claro, faça-a entrar. Dali a pouco, uma jovem de branco entrou na biblioteca. O pé dele escorregou da escrivaninha e Ash foi para trás, batendo na parede e quase caindo da cadeira. Um maço de papéis caiu da estante próxima, espalhando-se pelo chão como flocos de neve. Ele estava ofuscado. Não pela beleza dela – embora ele imaginasse que a moça pudesse ser linda. Mas era impossível avaliar, pois o vestido que usava era uma monstruosidade cegante coberta de pérolas, rendas, brilhos e contas. Bom Senhor. Ele não estava acostumado a ficar no mesmo ambiente que algo tão repulsivo quanto sua própria aparência. Ash apoiou o cotovelo direito no braço da cadeira e levou os dedos à testa, escondendo as cicatrizes no rosto. Para variar, ele não estava protegendo a sensibilidade de um criado nem mesmo sua autoestima. Estava se protegendo de... daquilo. – Sinto muito importuná-lo desta forma, Vossa Graça – a jovem disse, mantendo o olhar em algum desenho do tapete persa. – Espero mesmo que sinta. – Mas, por favor, entenda que estou desesperada. – Percebo. – Preciso ser paga pelo meu trabalho, e preciso ser paga agora. Ash hesitou por um instante. – Seu... seu trabalho. – Eu sou costureira. E costurei isto. – Ela passou as mãos pela monstruosidade de seda. – Para a Srta. Worthing. Para a Srta. Worthing. Ah, aquilo começava a fazer sentido. A atrocidade branca de seda tinha sido feita para a ex-noiva de Ash. Nisso ele podia acreditar. Annabelle Worthing sempre teve um gosto horroroso – tanto para vestidos como para possíveis maridos. – Como o noivado de vocês acabou, ela não mandou buscar o vestido. Ela comprou a seda, a renda e o resto do material, mas nunca pagou pela mão de obra. E isso significa que fiquei sem pagamento. Tentei visitá-la, mas não fui recebida. As cartas que enviei para vocês dois não tiveram resposta. Pensei que se eu aparecesse assim – ela passou as mãos pela saia do vestido branco –, seria impossível me ignorar. – Você estava correta quanto a isso. – Até o lado bom do rosto dele se contorceu. – Bom Deus, parece que uma loja de armarinho explodiu e você foi a primeira vítima. – A Srta. Worthing queria algo apropriado para uma duquesa. – Esse vestido – ele disse – é apropriado para o lustre de um bordel. – Bem, sua noiva tem... um gosto extravagante. Ele se inclinou para frente. – Não consigo nem assimilar a coisa toda. O vestido parece ter... vômito de unicórnio. Ou a pele de algum monstro das neves que ameaça o Himalaia. Ela voltou os olhos para o teto e soltou um suspiro de desespero. – O que foi? – ele perguntou. – Não me diga que você gosta desse vestido. – Não importa se ele me agrada, Vossa Graça. De qualquer modo, tenho orgulho das minhas habilidades manuais, e este vestido me ocupou durante meses. Depois que o choque causado pela roupa asquerosa havia passado, Ash voltou sua atenção para a jovem devorada pelo traje. Ela era muito melhor que o vestido. Pele: creme. Lábios: pétalas de rosa. Cílios: seda. Coluna dorsal: aço. – Só este bordado... trabalhei nele durante uma semana para deixá-lo perfeito. – Ela passou a mão pelo decote do vestido. Ash acompanhou com os olhos o caminho percorrido pelos dedos. Ele não conseguiu ver nenhum bordado. Era um homem; viu seios. Delicados e atraentes, espremidos por um corpete torturante. Ele gostou daqueles seios quase tanto quanto gostou do ar de determinação que os deixava empinados. Arrastando o olhar para cima, ele admirou o pescoço delgado e a cabeleira castanha presa. Ela tinha prendido o cabelo em um penteado recatado, do tipo que fazia os dedos de um homem coçarem de vontade de soltar os grampos, um após o outro. Controle-se, Ashbury. Não era possível que ela fosse tão bonita como parecia. Sem dúvida, a jovem estava se beneficiando do contraste com o vestido pavoroso. E já fazia algum tempo que Ash vivia em isolamento. Havia isso, também. – Vossa Graça – ela disse –, meu balde de carvão está vazio, na minha despensa restam umas poucas batatas mofadas, e meu aluguel quinzenal vence hoje. O senhorio ameaçou me jogar na rua se eu não pagar tudo que devo. Preciso receber o que me é devido. Com urgência. – Ela estendeu a mão. – Duas libras e três xelins, por favor. Ash cruzou os braços à frente do peito e a encarou. – Senhorita...? – Gladstone. Emma Gladstone. – Srta. Gladstone, você parece não entender como funciona toda essa coisa de invadir o isolamento de um duque. Você deveria se sentir intimidada, quem sabe até apavorada. Mas sua atitude mostra uma falta de contorção das mãos e nenhum tremor corporal. Tem certeza de que é apenas uma costureira? Ela levantou as mãos, as palmas viradas para ele. Cortes cicatrizados e calos marcavam as pontas de seus dedos. Evidências persuasivas, Ash teve que admitir. Ainda assim, ele não se convenceu. – Bem, você não pode ter nascido na pobreza. É autoconfiante demais, e parece ter todos os seus dentes. Imagino que tenha ficado órfã em idade tenra, de um modo especialmente horripilante. – Não, Vossa Graça. – Está sofrendo algum tipo de chantagem? – Não – ela se forçou a dizer. – Sustentando um bando de crianças rejeitadas, enquanto sofre chantagem? – Não. Ele estalou os dedos. – Já sei. Seu pai é um patife. Está na prisão por dívidas. Ou gasta o dinheiro do aluguel com gim e prostitutas. – Meu pai é vigário, em Hertfordshire. Ash franziu o cenho. Aquilo não fazia sentido. Vigários eram cavalheiros. – Como é que a filha de um cavalheiro trabalha retalhando os dedos como costureira? Finalmente, ele viu um ar de incerteza na atitude dela. Emma coçou o lugar atrás do lóbulo da orelha. – Às vezes a vida segue por caminhos inesperados. – Agora isso é um grande eufemismo. A sorte era uma bruxa sem coração que vivia num estado perpétuo de tensão pré-menstrual. Ash sabia bem como era. Ele girou a cadeira e estendeu a mão para uma caixa-forte atrás da escrivaninha. – Sinto muito. – A voz dela se suavizou. – O noivado desfeito deve ter sido um golpe. A Srta. Worthing parece ser uma mulher encantadora. Ele contou o dinheiro na mão. – Se você passou algum tempo com ela, sabe que esse não é o caso. – Talvez tenha sido melhor, então, não ter se casado com ela. – Sim, foi muito prudente, da minha parte, destruir o rosto antes do casamento. Teria sido péssimo se tivesse deixado para destruí-lo depois. – Destruir? Se Vossa Graça me perdoa dizer, não pode estar assim tão ruim. Ele fechou a caixa-forte com estrépito. – Annabelle Worthing estava desesperada para se casar com um homem rico e nobre. Sou um duque indecentemente rico. Mesmo assim, ela me deixou. Estou sim muito mal. Ele se levantou e virou seu lado arruinado para ela, oferecendo-lhe uma vista completa, sem obstruções. A escrivaninha ficava no canto mais escuro da biblioteca – de propósito, claro. As pesadas cortinas de veludo do aposento mantinham o sol do lado de fora. Mas cicatrizes tão dramáticas quanto as dele? Nada, a não ser a completa escuridão, conseguia escondê-las. As partes de sua carne que tinham escapado às chamas foram destruídas depois – primeiro pelo bisturi do cirurgião, e depois pela febre e pela supuração durante as semanas infernais que se seguiram. Da testa ao quadril, o lado direito do corpo dele era uma batalha contínua de cicatrizes e queimaduras de pólvora. A Srta. Gladstone ficou em silêncio. Para seu crédito, ela não desmaiou, vomitou nem saiu correndo dali – uma diferença agradável das reações habituais que ele provocava. – Como foi que aconteceu? – ela perguntou. – Guerra. Próxima pergunta. Depois de um instante, ela falou em voz baixa: – Pode me dar meu dinheiro, por favor? Ash estendeu a mão com as moedas. Emma esticou a dela para pegá-las. Mas ele fechou a mão. – Depois que você me der o vestido. – Como? – Se estou pagando por seu trabalho, é justo que eu fique com o vestido. – Com que propósito? Ele deu de ombros. – Ainda não decidi. Eu posso doar para um lar de dançarinas de ópera aposentadas. Posso afundá-lo no Tâmisa para que as enguias se divirtam. Quem sabe pendurá-lo na porta da frente para afastar maus espíritos. São tantas as possibilidades. – Eu... Vossa Graça, posso mandar entregá-lo amanhã, mas preciso do dinheiro hoje. Ele emitiu um ruído de reprovação. – Isso seria um empréstimo, Srta. Gladstone. Não empresto dinheiro. – Você quer o vestido agora? – Somente se você quiser o dinheiro agora. Os olhos castanhos dela se fixaram nele, acusando-o de pura vilania. Ele deu de ombros. Culpado das acusações. Essa era a desgraça peculiar de ser desfigurado por puro acaso no campo de batalha. Não havia ninguém para culpar, ninguém de quem se vingar. Restava somente uma amargura persistente que o provocava, fazendo-o atacar tudo por perto. Oh, ele não era violento – a não ser que alguém fizesse mesmo por merecer. Com a maioria das pessoas, ele apenas se dava o prazer perverso de ser bem desagradável. Já que ele tinha a aparência de um monstro, iria se divertir interpretando o papel. Infelizmente, essa costureira recusava-se a fazer o papel de ratinho assustado. Nada que ele dizia a abalava, e se ela ainda não tinha fugido, era provável que nunca o fizesse. Parabéns para ela. Ash se preparou para entregar o dinheiro, despedindo-se dela – e daquele vestido – com gosto. Antes que ele pudesse pagar-lhe, contudo, ela soltou um suspiro decidido. – Tudo bem – Emma exclamou, e suas mãos foram para a lateral do vestido. Ela começou a soltar a fileira de ganchos escondidos na costura do corpete. Um após o outro, após o outro. Conforme o corpete afrouxou, seus seios se soltaram, assumindo sua plenitude natural. A manga caiu do ombro, revelando o tecido fino da roupa de baixo. Um fio de cabelo castanho se soltou, acariciando a clavícula dela. Jesus, Maria... – Pare. Ela congelou e levantou os olhos. – Parar? Ele praguejou mentalmente. Não pergunte duas vezes. – Pare. Ash mal podia acreditar que tinha conseguido ser decente a ponto de dizer uma vez. Ele estava a ponto de conseguir um espetáculo particular por meras duas libras. E três xelins. O que era bem mais caro do que se pagava por aí, mas uma verdadeira barganha em se tratando de uma garota tão linda. Sem falar que ela era filha de um vigário, e Ash sempre sonhou em seduzir a filha de um vigário. Falando sério, que homem nunca tinha sonhado o mesmo? Contudo, ele não era tão diabólico a ponto de realizar seu sonho por meio de extorsão. Um pensamento lhe ocorreu. Talvez – apenas talvez – ele pudesse realizar essa fantasia por meios diferentes, um pouco menos diabólicos. Ele encarou Emma Gladstone de um ângulo novo, pensando na lista de exigências que relacionava na carta interrompida. Ela era jovem e saudável. Bem-educada. Tinha bom berço e estava disposta a tirar a roupa na frente dele. E, o mais importante: estava desesperada. Ela serviria. Na verdade, serviria muito bem. – Você tem duas opções, Srta. Gladstone. Posso lhe pagar duas libras e três xelins. Ele colocou a pilha de moedas sobre a escrivaninha. Emma olhou para elas, ávida...... ✅Descárgalo ahora para ver la versión completa

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